segunda-feira, 5 de março de 2012

História de Vila Nova de Cerveira...


(Fonte: Junta de Freguesia de Lovelhe)
                                                                                                
Apesar da existência de vestígios de colonização durante a pré-história, o grande crescimento demográfico na região de Cerveira deu-se durante a ocupação da região desde o século I A.C. até ao séc. VII D.C por povos indígenas, provavelmente oriundos do castro situado na Serra da Gávea. A escolha recaiu sobre a região de Lovelhe-Breia devido às óptimas condições de navegação que o rio Minho oferecia para os povos da altura. Crê-se que o patronímico que da está na origem da actual nomenclatura da região, Lovelhe, advem do facto da maior “villa” da região na altura, pertencer a um romano-visigodo que se chamava “Lobelius”. As ruínas deste assentamento estão num estado razoável e podem ser visitadas no Aro Arqueológico de Lovelhe.

Aquando da autonomização do Condado Portucalense, em 1096, esta região ganhou uma importância enorme dado ao estabelecimento de pontos fortificados que defendessem o rio Minho e o território nacional. Surgia assim as Terras de Cerveira, cujo castelo, localizado no sítio onde hoje podemos encontrar a escultura do cervo do mestre José Rodrigues, tinha por missão patrulhar e defender, fosse contra as investidas árabes, fosse contra as normandas, ou mais vulgarmente contra a vizinha Galiza. Em 1297, após a assinatura do Tratado de Alcanices que pos fim aos confrontos entre Portugal e Espanha e delineou a fronteira entre os dois reinos, assistiu-se a um esforço de repovoamento da região, surgindo assim a Vila Nova de Cerveira em 1321, após a atribuição da Carta de Foral por D. Dinis.

No século XVII a história do Concelho de Vila Nova de Cerveira fica marcada pelas Guerras da Restauração e pela construção de duas fortalezas, a Atalaia do Alto do Lourido que envolve a vila e o Forte de Lovelhe, devido à pressão para a defesa da fronteira nacional.

Apesar do Forte de Lovelhe ter sido construído e preparado especificamente para resistir à invasão dos espanhóis, acabou por prestar outros serviços relevantes, nomeadamente o seu papel determinante ao impedir que as tropas francesas de Soult atravessassem o rio Minho em Fevereiro de 1809.
Após este inicio de século turbulento, a estabilização das fronteiras e a paz destas terras tornaram-se uma certeza, transformando todos os seus elementos defensivos em património histórico que podem agora ser visitados por nós.

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