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(Fonte: Junta de Freguesia de Lovelhe) |
Apesar da existência de vestígios de colonização durante a
pré-história, o grande crescimento demográfico na região de Cerveira deu-se
durante a ocupação da região desde o século I A.C. até ao séc. VII D.C por
povos indígenas, provavelmente oriundos do castro situado na Serra da Gávea. A
escolha recaiu sobre a região de Lovelhe-Breia devido às óptimas condições de
navegação que o rio Minho oferecia para os povos da altura. Crê-se que o patronímico
que da está na origem da actual nomenclatura da região, Lovelhe, advem do facto
da maior “villa” da região na altura, pertencer a um romano-visigodo que se
chamava “Lobelius”. As ruínas deste assentamento estão num estado razoável e
podem ser visitadas no Aro Arqueológico de Lovelhe.
Aquando da autonomização do Condado Portucalense, em 1096,
esta região ganhou uma importância enorme dado ao estabelecimento de pontos
fortificados que defendessem o rio Minho e o território nacional. Surgia assim as Terras de Cerveira, cujo
castelo, localizado no sítio onde hoje podemos encontrar a escultura do cervo
do mestre José Rodrigues, tinha por missão patrulhar e defender, fosse contra
as investidas árabes, fosse contra as normandas, ou mais vulgarmente contra a
vizinha Galiza. Em 1297, após a assinatura do Tratado de Alcanices que pos fim
aos confrontos entre Portugal e Espanha e delineou a fronteira entre os dois
reinos, assistiu-se a um esforço de repovoamento da região, surgindo assim a
Vila Nova de Cerveira em 1321, após a atribuição da Carta de Foral por D.
Dinis.
No século XVII a
história do Concelho de Vila Nova de Cerveira fica marcada pelas Guerras da
Restauração e pela construção de duas fortalezas, a Atalaia do Alto do Lourido
que envolve a vila e o Forte de Lovelhe, devido à pressão para a defesa da
fronteira nacional.
Apesar do Forte
de Lovelhe ter sido construído e preparado especificamente para resistir à
invasão dos espanhóis, acabou por prestar outros serviços relevantes,
nomeadamente o seu papel determinante ao impedir que as tropas francesas de
Soult atravessassem o rio Minho em Fevereiro de 1809.
Após este inicio
de século turbulento, a estabilização das fronteiras e a paz destas terras
tornaram-se uma certeza, transformando todos os seus elementos defensivos em
património histórico que podem agora ser visitados por nós.
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